terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Relato da Trajetória da EAD

Relato da Trajetória da Educação à Distância – EAD
Como tudo começou...
Lançada originariamente há quase trinta anos pela Universidade de Brasília (UnB), com base em experiências desenvolvidas por universidades inglesas, a chamada "educação a distância", que não exige a presença de estudantes em sala de aula, é hoje um grande sucesso no País. Adotado pelas universidades públicas, especialmente as federais, a partir do início da atual década, esse tipo de ensino têm cerca de 830 mil alunos regularmente matriculados em cursos de graduação e de pós-graduação lato sensu (que é voltado à formação de especialistas).
Comparativamente, em 2000 só havia 10 cursos desse tipo na graduação, com um total de apenas 8 mil alunos. Atualmente, estão credenciados no Ministério da Educação (MEC) 349 cursos a distância, com mais de 430 mil alunos. Na pós-graduação são 255 cursos, com mais de 390 mil estudantes. No início, a educação a distância fazia parte dos chamados "programas de extensão universitária", atendendo às necessidades dos Estados mais pobres do País.

Com o tempo, o número de cursos de especialização foi suplantado pelo número de cursos de graduação criados com o objetivo de formar professores para as escolas da rede pública de ensino básico situadas em cidades longínquas ou em zonas rurais. "Como uma professora que é casada, tem filhos e mora no interior pode vir para a capital e cursar uma faculdade? Também não podemos levar os professores para lá. Consideramos que é um compromisso da universidade pública formar essas pessoas", diz a pró-reitora adjunta de graduação da Universidade Federal de Minas Gerais, Maria Carmela Polito Braga.

Apesar de alguns especialistas verem com reservas os cursos não presenciais, os resultados dos programas de educação a distância das universidades públicas têm sido surpreendentes. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), vinculado ao MEC, os estudantes desse tipo de ensino obtiveram uma pontuação superior à dos alunos dos cursos convencionais em 7 de 13 graduações - entre elas Matemática, Biologia, Física e Administração - avaliadas no último Exame de Desempenho dos Estudantes (Enade). Nos outros 6 cursos avaliados, dos quais se destacam Letras, História e Geografia, as notas foram semelhantes. Os alunos dos cursos não presenciais são "diferenciados" e os números mostram que "o sistema ganhou credibilidade", diz Fábio Sanches, coordenador do Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância, que acaba de ser divulgado pelo MEC.

Segundo o Anuário, o aluno de um curso a distância está na faixa etária de 30 a 35 anos. Ele é casado, com filhos, fez o ensino básico numa escola pública, trabalha de dia e tem um rendimento médio mensal de até três salários mínimos. "Em geral, é um público mais disciplinado, mais dedicado, porque o ensino a distância é a (única) oportunidade que ele tem", afirma o pró-reitor da Universidade Metodista de São Paulo, Luciano Sathler, que oferece 11 cursos a distância. "Os alunos já estão no mercado de trabalho, não conseguiram concluir uma faculdade quando eram mais jovens ou já estão formados em outras áreas", conclui. "Como não temos a figura do professor da disciplina, precisamos entender tudo para ir bem nas provas", diz Dayselane Pimenta, que ensina matemática numa escola estadual e faz pós-graduação a distância na Universidade Federal Fluminense.

A maioria dos cursos a distância funciona por meio da distribuição de apostilas e livros e de uma plataforma na internet, que permite aos alunos acessar aulas, conteúdos e sugestões bibliográficas. Uma vez por semana, um tutor esclarece dúvidas e dá orientações aos alunos. O sistema de avaliações muda de instituição para instituição, mas dois terços dos cursos aplicam provas escritas e provas práticas presenciais. O terço restante exige entrega de relatórios de leitura, atividades de pesquisa e trabalho de conclusão de curso.

O Anuário que o MEC acaba de divulgar mostra que o ensino a distância, além de oferecer oportunidade de formação superior a quem mora em cidades longínquas ou em zonas rurais, pode ter qualidade equivalente aos cursos presenciais.

Fonte: Coluna Opinião do Jornal do Estado de São Paulo.

Fichamento de "Técnicas de Estudo"

SILVA, Anderson Luiz da; FRANÇA, Rodrigo Toledo. Técnicas de estudo. Módulo de Acolhimento: fundamentos da aprendizagem em rede, Juiz de Fora, vol.1, set./2008. p. 19-32.
Para formar bons leitores é preciso aprender técnicas de estudo. A principal delas é a de investigação. Investigar um texto é buscar indícios do que o autor quer dizer e tentar, através das pistas chegar a idéia do que está sendo apresentado.
O autor passa aos leitores a idéia de como ser bom leitor.
A primeira leitura é feita direta e buscando marcar e anotar as palavras desconhecidas e os fatos desconhecidos.
A importância da leitura atenta.
Na segunda leitura,o leitor já se sente mais confiante e segue grifando as partes mais importantes dos parágrafos, ou seja a idéia central.
O leitor mais seguro na investigação.
As terceira e quarta leituras já são para fechar a idéia do texto e as anotações importantes.
O leitor entende o escrito e sente capaz de analisar.
Por fim quando esgotadas todas as dúvidas, descoberta as novas palavras, pode se dizer que o texto foi lido e entendido, deixando o leitor apto a falar e escrever sobre o que leu.
O autor mostra que através de várias leituras o leitor consegue tirar do texto conhecimentos suficientes sobre o que foi apresentado.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Ambientes Virtuais de Aprendizagem - AVA

Ambientes Virtuais de Aprendizagem são softwares que auxiliam na montagem de cursos acessíveis pela Internet. Elaborado para ajudar os professores no gerenciamento de conteúdos para seus alunos e na administração do curso, permite acompanhar constantemente o progresso dos estudantes. Como ferramenta para EAD, são usados para complementar aulas presenciais. Ex: Moodle, SOLAR, TelEduc etc.

Com o avanço das novas formas de educação a distância – como as realizadas pela Internet - e as preocupações fortificadas como esse novo modelo de EaD - como o papel do aluno e do professor em ambiente virtual –, outras questões passaram a ser discutidas para a otimização deste modelo educacional. Seria ou não um sistema de EaD toda comunidade formada pela Internet? Afinal, a Criação de Comunidades Virtuais é um dos princípios que orientam o crescimento inicial do ciberespaço, ao lado da Interconexão e da Inteligência Coletiva (Cibercultura - Pierri Lévy – pág. 127). Isto justificaria a criação de Comunidade Virtual como sendo essencial para o estabelecimento de uma cultura de EaD. Porém, percebe-se que a simples criação de comunidades virtuais não significa a criação de grupos de estudo pela Internet, pois estas possuem os mais diversos interesses, que vão deste o entretenimento até a distribuição de notícias. A Comunidade Virtual pode sim ser um princípio essencial, segundo Lévy, mas necessita ir além de simples Agregação Eletrônica de pessoas (Agregações Eletrônicas ou Comunidades Virtuais? – André Lemos) para se tornar uma Comunidade Virtual de Aprendizagem.

A idéia de construção coletiva na EaD

Para atingir seus objetivos educacionais, as Comunidades Virtuais necessitam de princípios de comportamento que favoreçam a aprendizagem, como por exemplo, a construção coletiva, a existência de interesse mútuo, regras de resolução de conflitos permitindo que as simples agregação eletrônica de pessoas torne-se uma Comunidade Virtual de Aprendizagem.

Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem

Para facilitar a criação destas comunidades, de aprendizagem ou não, surgem na Internet diversos softwares de agregação de pessoas. Dentre os muitos, alguns são voltados ao entretenimento, outros à distribuição de notícias até que chegamos naqueles focados no sistema de ensino e aprendizagem pela Internet. Estes softwares trazem consigo discussões pedagógicas para o desenvolvimento de metodologias educacionais utilizando canais de interação web. Assim, softwares como TelEduc, Moodle, Solar, Sócrates, dentre outros, ganham espaço no cotidiano aos educadores virtuais pelo fato de possibilitarem fácil manuseio e controle de aulas, discussões, apresentações, enfim, atividades educacionais de forma virtual.

Com os chamados Ambientes Digitais de Aprendizagem (Educação a distância na internet) a EaD ganhou a possibilidade de organizar de maneira mais controlada cursos, mescla de aulas presenciais e a distância, possibilidade de aulas apenas virtuais, integração com novas possibilidades de interação pela Internet, além da aproximação entre professores e alunos dentro do processo educativo. O número de ferramentas disponíveis para utilização também cresce a cada dia. São e-mails, fóruns, conferências, bate-papos, arquivos de textos, wikis, blogs, dentre outros. Ressalta-se que, em todos estes ambientes, textos, imagens e vídeos podem circular de maneira a integrar mídias e potencializar o poder de educação através da comunicação. Além disso, a possibilidade de hiperlinks traz o aumento do raio de conhecimento possível de ser desenvolvido pelos alunos. Estes hiperlinks podem ser realizados tanto dentro do próprio ambiente digital de aprendizagem (entre textos indicados ou entre discussões em fóruns diferentes, por exemplo), como também de dentro para fora e de fora para dentro (em casos de pesquisas alargadas de discussões internas, nos quais se pode trazer ou levar conteúdo desenvolvido para a discussão). Assim, pode-se diferenciar inclusive as nomenclaturas que são dadas à educação promovido a distância.

Definindo EAD, ONLINE e E-Learning

Educação a Distância: realiza-se por diferentes meios (correspondência postal ou eletrônica, rádio, televisão, telefone, fax, computador, internet, dentre outros), sendo um termo abrangente, mantém a relação de discussão de tempo e espaço (distanciamento físico) dentro o processo educacional, porém não é obrigatoriamente dentro do ambiente Internet.

Educação On-line: realizada obrigatoriamente com Internet em papel principal como meio, pode ser utilizada de forma síncrona ou assíncrona. Tem como características mais enfáticas a velocidade na troca de informações, o feedback entre alunos e professores e o grau de interatividade alcançado.

E-Learning: formato de educação a distância com suporte na internet. É muito utilizado por empresas, em processos de treinamentos de funcionários e seleção de pessoal. Seu foco consiste em organizar e disponibilizar materiais didáticos e, como afirma a Professora Maria Elizabeth, recursos hipermediáticos.

A Interatividade nos AVA

Com isso, percebe-se que o modelo de Educação a Distância dentro do conceito de Educação On-Line, se apresenta como o mais interativo, requerendo das ferramentas utilizadas o uso visando o ideal de autonomia e construção coletiva do conhecimento. Isso reitera a importância dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), que integram diversas ferramentas de comunicação disseminadas na Internet para o uso educacional. A utilização destas ferramentas trouxe à Educação a Distância não só a potencialização dos conceitos de autonomia e construção coletiva, mas também a permanência dos alunos nos cursos. Isto porque, através destas ferramentas, há a possibilidade da participação ativa de alunos e professores, além do incentivo à responsabilidade dos mesmos para com o aprendizado. Isto porque dentro do modelo de Educação On-Line, há a necessidade de um padrão de comportamento para convivência e acompanhamento dos cursos. Dessa forma, entende-se que não há restrições quanto ao uso de determinadas ferramentas de Internet por educadores, mas sim a necessidade de que este conjunto de comportamentos e regras de convivência este presente em qualquer atividade educacional via Internet, independente das ferramentas utilizadas.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Módulo de Acolhimento

O projeto Módulo de Acolhimento, a ser desenvolvido pela Universidade Federal de Juiz de Fora em parceria com os professores e alunos do Curso de Administração Pública, objetiva estimular o conhecimento dos alunos, despertar o interesse por esta modalidade de ensino, apresentar as ferramentas disponíveis para o conhecimento e interação, favorecer as relações interpessoais e a tecnologia aplicada, levando o aluno a perceber a importância de sua organização, determinação e disciplina.

Organização que leva o aluno a capacidade de criatividade, avaliação constante e sentimentos nobres como respeito, amizade, solidariedade e convívio com as diferenças, promovendo assim, o seu desenvolvimento pessoal.

O módulo de acolhimento é a parte responsável pela familiarização dos recursos disponíveis, conhecimento do ambiente de estudo e desenvolvimento das atividades e toda a sua estrutura.

Considerando-se que este conhecimento se dá de maneira mais efetiva e produtiva a partir de sua utilização procura-se nesta fase despertar o interesse do aluno e promover sua efetiva participação.